Eles são mais baratos, rápidos e alguns param em qualquer lugar



Texto e fotos: Elaine Neves - 3°Período -Téc. de Reportagem - EQUIPE ESMERALDA
Quem nunca pegou um transporte alternativo? Eles são comuns no trânsito e utilizados por grande parte da população. Ir e voltar das festas em vans e táxis inibe riscos de acidentes e roubos. Para a passageira da van que faz o percurso Centro, apesar do custo ser maior do que o ônibus, os transportes alternativos e as lotadas são mais rápidos e mais confortáveis.“Os motivos que me fazem pegar os transportes alternativos é a rapidez. Todas as vans que vão para o Centro do Rio tem ar condicionado, o que torna a viagem menos estressante. Apesar de ser mais caro do que os ônibus o custo é compensado pelo conforto e a tranqüilidade” diz, Jilvan Santos, moradora da Vila da Penha que faz o percurso diariamente. Mas fique atento: algumas vans e kombis circulam clandestinamente.
O Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro - faz vistorias diárias nos principais pontos da Zona Norte para apreender vans e Kombis irregulares. Documentação incorreta, o não uso do sinto de segurança, o uso de plaquinhas com o número da linha de ônibus, exposto no painel e o chamador eletrônico não são permitidos. Mas não tem jeito, é só o Detro “piscar os olhos” para o motorista repor as placas nos painéis e voltar a utilizar os chamadores, que indicam o percurso do transporte.
Em entrevista, o motorista de transporte alternativo da linha 355, de pseudônimo João Dias, que prefere não ser identificado, conta sobre o preconceito da sociedade, a sua visão sobre o Detro e o futuro dos transportes alternativos.
ELAINE - Você acredita que exista preconceito da sociedade?
Motorista - Sim. Pois eles vêem os transportes alternativos como pessoas marginalizadas. Na maioria das vezes são pessoas que não tem estudos, não tem instrução. Muitos motoristas de kombis são ex- presidiários, mas a sociedade associa com a marginalidade e não vêem como um trabalho.
E - Qual a sua visão sobre o Detro, você acredita que com a fiscalização houve a diminuição das Kombis irregulares?
M - É uma maneira dos empresários terem de coagir os transportes alternativos, é assim que eu vejo o Detro e a fiscalização. Quantos ônibus passam com excesso de passageiros? Quantos ônibus não tem uma manutenção?E passagem só aumentando.Eles querem é tirar da gente!Quando eles querem, fazem vista grossa.
E - Quem são as pessoas que ficam em alguns pontos? Todos os motoristas são obrigados a pagá-los diariamente?
M - Eles que são os chamadores (3°foto), não são considerados fiscais. Eles fazem a peneira. São eles que separam o passageiro que vai pegar tal itinerário... Por exemplo, eles separam passageiros que vão para Jardim América de passageiros que vão para o shopping Carioca. Como forma de agrado, nós damos R$ 1,00. Esse agrado é por que eles nos auxiliam para pegar mais passageiro. Não é obrigatório, mas alguns desses caras se aproveitam disso para fazer um fechamento com a polícia ou guarda municipal.
E - Você acredita que no futuro os transportes alternativos utilizarão os mesmos mecanismos do ônibus( Rio Card)?
M - Dúvido. É quase que impossível, porque o transporte alternativo é individual, é do proprietário. Não é encarado como uma empresa. Os licenciamentos são restritos. Chegar a ser uma empresa de ônibus é quase que impossível, somente fazer uma cooperativa.
E - O que se esperar da política? Você acha que o transporte alternativo é uma questão de segurança pública?
M - Não espero nada da política, a política não vai fazer nada pela gente. Você olha para o sistema e vê: o que é segurança pública hoje em dia? É complicado. Hoje o sistema é propina e todo mundo participa. Você vai lá passa, dá dinheiro, a gente pára e é dessa forma.
O Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro - faz vistorias diárias nos principais pontos da Zona Norte para apreender vans e Kombis irregulares. Documentação incorreta, o não uso do sinto de segurança, o uso de plaquinhas com o número da linha de ônibus, exposto no painel e o chamador eletrônico não são permitidos. Mas não tem jeito, é só o Detro “piscar os olhos” para o motorista repor as placas nos painéis e voltar a utilizar os chamadores, que indicam o percurso do transporte.
Em entrevista, o motorista de transporte alternativo da linha 355, de pseudônimo João Dias, que prefere não ser identificado, conta sobre o preconceito da sociedade, a sua visão sobre o Detro e o futuro dos transportes alternativos.
ELAINE - Você acredita que exista preconceito da sociedade?
Motorista - Sim. Pois eles vêem os transportes alternativos como pessoas marginalizadas. Na maioria das vezes são pessoas que não tem estudos, não tem instrução. Muitos motoristas de kombis são ex- presidiários, mas a sociedade associa com a marginalidade e não vêem como um trabalho.
E - Qual a sua visão sobre o Detro, você acredita que com a fiscalização houve a diminuição das Kombis irregulares?
M - É uma maneira dos empresários terem de coagir os transportes alternativos, é assim que eu vejo o Detro e a fiscalização. Quantos ônibus passam com excesso de passageiros? Quantos ônibus não tem uma manutenção?E passagem só aumentando.Eles querem é tirar da gente!Quando eles querem, fazem vista grossa.
E - Quem são as pessoas que ficam em alguns pontos? Todos os motoristas são obrigados a pagá-los diariamente?
M - Eles que são os chamadores (3°foto), não são considerados fiscais. Eles fazem a peneira. São eles que separam o passageiro que vai pegar tal itinerário... Por exemplo, eles separam passageiros que vão para Jardim América de passageiros que vão para o shopping Carioca. Como forma de agrado, nós damos R$ 1,00. Esse agrado é por que eles nos auxiliam para pegar mais passageiro. Não é obrigatório, mas alguns desses caras se aproveitam disso para fazer um fechamento com a polícia ou guarda municipal.
E - Você acredita que no futuro os transportes alternativos utilizarão os mesmos mecanismos do ônibus( Rio Card)?
M - Dúvido. É quase que impossível, porque o transporte alternativo é individual, é do proprietário. Não é encarado como uma empresa. Os licenciamentos são restritos. Chegar a ser uma empresa de ônibus é quase que impossível, somente fazer uma cooperativa.
E - O que se esperar da política? Você acha que o transporte alternativo é uma questão de segurança pública?
M - Não espero nada da política, a política não vai fazer nada pela gente. Você olha para o sistema e vê: o que é segurança pública hoje em dia? É complicado. Hoje o sistema é propina e todo mundo participa. Você vai lá passa, dá dinheiro, a gente pára e é dessa forma.
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