quarta-feira, 29 de julho de 2009

50 ANOS DE MERCADÃO DE MADUREIRA: PIRATARIA E VENDAS

Texto, fotos e vídeo (TV JILÓ): Bianca Lobianco (3º período) / Equipe ESMERALDA

No ano em que completa o seu cinquentenário, o Mercadão de Madureira foi notícia nos jornais do Rio por ganhar um presente de grego: foi alvo de diversas investidas policiais que apreenderam produtos piratas em algumas de suas 580 lojas. A mídia negativa, no entanto, não tirou o ânimo dos lojistas, que comemoram no período de festas juninas – que vai de junho a agosto – um aumento na frequencia de consumidores de 80 mil para 120 mil por dia.


Segundo diretor de marketing do Mercadão, Horácio Afonso, os casos de pirataria no maior mercado do Rio de Janeiro foram episódios isolados. “O produto pirata não é uma característica de um local, ele está espalhado, está no camelô, está em outros estados do Brasil, está em lojas de ruas, está no centro, está em todo lugar. Então, nós somos vítimas disso também. Comerciantes que ainda insistem em trabalhar com produtos piratas. Aí, acontece isso. Quem trabalha ilegal sofre as penalidades da Lei. Mas são ações isoladas que não representam muito para o mercadão”, defende.

Horácio Afonso revela que os lojistas procuram adaptar seus produtos e mercadorias às datas e períodos sazionais exploradas pelo comércio. “A nossa característica é que as lojas trabalham com vários produtos. Há poucas papelarias, mas quando chega o “volta às aulas” você vê muita loja vendendo artigos escolares. Depois vem a Páscoa, então as papelarias se transformam em lojas de chocolate. Agora estamos no período de festa junina, então, quem vendeu o caderno, já guardou no estoque. Chocolate não pode sobrar, fez promoção, acabou. E começam a trabalhar com enfeites de festa junina. E, assim, é com todas as datas festivas. Em todas as épocas oferecemos lojas com produtos específicos, e isso aumenta muito a venda”, conta.
Cliente de uma loja de temperos, o consumidor Renato de Oliveira, 54 anos, disse que é consumidor antigo do Mercadão, onde encontra especiarias raras e baratas. “É um mercado que, por ter muitas lojas, tenho facilidade em encontrar aquilo que procuro. Os preços são bem convidativos e há grande diversidade de coisas para se comprar. Eu, particularmente, gostos mais da parte comestível do mercadão. Há muitas carnes de boa qualidade, temperos diversos, ervas medicinais que sempre me ajudam quando eu estou com algum problema no organismo Não penso duas vezes e venho logo para esse cantinho aqui. A facilidade de acesso aos caixas eletrônicos e a limpeza também facilitam, e o atendimento, de modo geral, é muito bom e bem tranquilo”, conta. ECONOMIA – Inaugurado durante o governo do presidente Juscelino Kubistchek, em 1959, período marcado pela política desenvolvimentista que tinha como slogan fazer o Brasil crescer “50 anos em 5”, o Mercadão de Madureira virou patrimônio histórico e referência na Zona Norte. Tem como característica mais marcante a alta concentração de artigos religiosos afro-brasileiros, ultrapassando na quantidade desses produtos, o mercado da Bahia.

É um espaço importante para o desenvolvimento do comércio, sobretudo do comércio popular. Dividido em galerias que vão de A a G, oferece uma diversidade de produtos exóticos e comuns, como especiarias, bolsas, animais que já estão prontos para o abate e há uma grande concentração de produtos artesanais para todos os gostos. O Mercadão, enfim, se parece com um shopping. Diferencia-se apenas pela ausência de luxo e sofisticação, mas trabalha com produtos de necessidades pessoais até supérfluos, espalhados pelas 7 galerias. São lojas especializadas em doces, bolsas, artigos infantis, artigos religiosos, papelarias e alimentos. As peças são vendidas no varejo e em grande quantidade, por atacado, a preços abaixo do mercado. Além de ter, também, restaurantes e lanchonetes, o Mercadão conta com casas lotéricas, bancas de jornal, caixas eletrônicos, correios, escadas rolantes e elevadores, tudo para facilitar a vida de seus consumidores.
ESTACIONAMENTO – Em meio a tanta oferta, um dos problemas do Mercadão de Madureira é a dificuldade de estacionar carros. Há poucas vagas para muita gente e isso deixa as pessoas impacientes e dificulta a compra. Outro problema que agrava o humor das pessoas é o calor. Infelizmente, por ser um estabelecimento popular e sem luxo, o local não disponibiliza ar condicionado, e isso faz com que fique muito calor dentro do local. O Mercadão fica aberto de Segunda a Sábado, de 6h às 19h; e Domingos e Feriados de 7h às 12h.

seja o primeiro a comentar!

Participe aqui!

Design by UsuárioCompulsivo alterado por Marcos Benjamin ^