quarta-feira, 3 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS: EXPECTATIVA DE AUMENTO DE VENDAS NOS SEX SHOPS DA ZONA NORTE

Rithielly e Peterson, vendedores da loja: "sem preconceito"

Texto e foto: Bianca Lobianco – Técnicas de Reportagem - Equipe ESMERALDA

A chegada do Dia dos Namorados é expectativa de aumento de vendas nas lojas sex shop de Madureira. O sex shop “Soul Sexy” (traduzindo Alma Sexy), localizado no 3º piso do Madureira Shopping, vem fazendo sucesso entre os jovens desde que foi inaugurado, em dezembro de 2008. A procura tem sido crescente e a grande perspectiva dos vendedores é que o dia 12 de junho aumente ainda mais as vendas de seus produtos.

Com uma decoração convidativa, os clientes são instigados a entrar na loja, que vende desde lingeries a produtos eróticos com preços para todos os bolsos, a exemplo dos cremes anais, vendidos em média a R$ 4,90 a barra de poling dance, que custa R$ 520,00. O excelente atendimento deve-se ao treinamento dos funcionários, que são obrigados a ter, no mínimo, ensino médio completo.

Segundo vendedor da “Soul Sexy”, Peterson Alves Costa, 21 anos, trabalhar na loja está sendo uma experiência interessante. “O legal de trabalhar em um sex shop é conhecer pessoas com pensamentos diferentes e totalmente sem preconceitos”, acredita. Os funcionários da loja são treinados para lidar com os clientes sem constrangimentos, quando o assunto é fantasia sexual. Para a subgerente Rithielly Martins, 23 anos, saber vender em sex shop é encarar o sexo sem tabus. “É um trabalho em que você está sempre falando de sexo, como se fosse algo normal e não como um tabu imposto pela sociedade. Cada vez mais as pessoas procuram as sex shops, perguntam, tiram suas dúvidas, experimentam e se gostarem levam o produto”, ensina Rithielly, acrescentando que, em alguns casos, o vendedor atua, também, com um pouco de psicologia e ensinam técnicas para melhorar a performance sexual dos clientes. “Muitas vezes eles (os clientes) revelam problemas em suas relações sexuais e damos dicas de produtos e fantasias para aquecer a relação”, conta.

HOMOSSEXUAIS - A procura maior pelos ‘brinquedinhos’ da “Soul Sexy”, são dos homossexuais da Zona Norte, que quebram cada vez mais os preconceitos e impõem seu lugar também nas sex shops. Segundo a sexóloga Glene Faria, a quebra de preconceito e a liberação sexual acontece devido à educação sexual nas escolas. “A geração mais jovem encara o sexo com mais naturalidade, pois tem mais acesso a informação e aulas de educação sexual nas escolas desde cedo. Com isso, foi por terra o mito de que o sexo é feio ou que não pode. É, também, uma evolução da sexualidade feminina, a mulher sabe que não está fazendo nada de errado. Portanto, está mais consciente do seu direito de prazer e vai em busca dele”, afirma Glene, que reconhece o sucesso que as lojas sex shop só para mulheres estão fazendo. “A ideia de ter um espaço só para as mulheres faz com que elas se sintam mais à vontade. Nelas, a mulher pode olhar com calma, ouvir explicações sobre cada produto e escolher o que é bom para ela. Numa segunda visita à loja, ela ousa ainda mais”, revela a sexóloga.

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