quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

EDITORIAL: JILÓ PRESS DECOLA COMO MODELO DE JORNALISMO UNIVERSITÁRIO E COMUNITÁRIO

EDITORIAL
PROF. RICARDO FRANÇA (COORDENADOR JORNALISMO NUCOM MADUREIRA)

Com apenas três semanas de vida, o nosso Jiló Press encarou um grande desafio. Neste Carnaval, fizemos a primeira cobertura em tempo (quase) real: o resultado dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, na tarde desta quarta-feira de Cinzas (25/02), com foco nas escolas do bairro onde o campus está inserido: Império Serrano e Portela. De uma ponta, estava eu, ‘ligado’ em um computador, em Vaz Lobo, e, na outra ponta da região, a estagiária recém contratada da Mídia Impressa, Andrezza Henriques (6º período), também de olho na TV e na tela do seu computador, em sua casa, em Bento Ribeiro.

A nossa base de imagens foi o banco de fotografias da assessoria de imprensa da RioTur, disponibilizado na internet - além das fotos da Portela, que havia feito na passarela do samba. A cada fechamento de quesito, lá estava a postagem no Jiló. Devido a complicações na internet, as inserções das notas atrasaram um pouco. Mas, cerca de 20 minutos após o resultado no Sambódromo, a cobertura completa já estava na web, podendo ser acessada pelos moradores da Zona Norte, web-leitores do Jiló Press.

O blog, a partir daí, começou a bombar. Até 23h foram cerca de 180 acessos de computadores diferentes, segundo a estatística no contador do veículo. Ontem, aliás, tivemos a primeira participação de um aluno de outra disciplina, além de Técnicas de Reportagem: REDAÇÃO IV, do professor Fernando Torres: interdisciplinaridade! Também publicamos furos, como o da aluna Débora Fernandes (3º período), que registrou o socorro a uma vítima de atropelamento em Madureira.
Temos o poder da onipresença. Prova de que os nossos alunos-repórteres já estão entrando no clima de serem repórteres 24h/dia: já saem com suas maquininhas digitais pelas ruas da Zona Norte, a espera da notícia, que não tem hora nem lugar para acontecer. Fatos que interferem no cotidiano de gente comum, mas que, muitas vezes, são suprimidos dos parcos espaços dos chamados jornalões. O nome do nosso trabalho quando fazemos isso? Jornalismo comunitário.

INTEGRAÇÃO – Todo o processo de trabalho no desenvolvimento do projeto Jiló, é vitamina acadêmica. Desvendo a metáfora: a construção do veículo, seus erros e acertos, servem para elaboração artigos, teses, monografias, seminários. O Jiló – instrumento laboratorial - inova por usar todas as possibilidades das sinergias midiáticas na construção da notícia, tendo como rede de sustentação alunos de diversas disciplinas, de períodos diferentes, de turnos diferentes. E de laboratórios integrados: Mídia Impressa & Sapiens; Mídia Impressa & TV Estácio; Mídia Impressa & TV Jiló; Mídia Impressa & Fotografia; Mídia Impressa & Rádio...

As iniciativas e os esforços deixam de ser estanques e isolados para atuar com foco unificado - sob uma mesma linha editorial, respeitando as singularidades de cada disciplina - e, acima de tudo, em sinergia.

O Jiló não integra somente disciplinas, estudantes, laboratórios. Os professores são participantes ativos (ou participativos!): não ficamos apenas sob a marquise do olhar vigilante da supervisão: somos pauteiros, editores, repórteres, cinegrafistas. Nos igualamos aos alunos na produção do conteúdo, discutimos resultados, avaliamos, nos aperfeiçoamos. Voltamos ao nível de aprendizes do processo, da tecnologia e da criatividade. Nos libertamos das amarras da teoria em nome do experimento. Desta forma, atuamos em conjunto na construção de um veículo próprio, gerando conteúdo exclusivo e interativo: texto, foto e imagem (vídeo), produzidos por estacianos.

Nada de "gillette press", também chamado de “Control C + Control V”, que virou prática no mercado de trabalho: coisa feia que nada mais é do que apropriação indébita do trabalho dos outros. Em outras palavras: roubo mesmo. De propriedade intelectual. Plágio.

COMUNIDADE - O nosso Jiló tem outra vertente: um link comunitário sem precedentes. Temos o engajamento efetivo de estudantes, que são moradores dos bairros da Zona Norte. Por isso, a divulgação do blog se dá em escala exponencial, através de uma rede qualitativa de informação. Os alunos são catalisadores críticos dos fatos esportivos, sociais, culturais, políticos e econômicos da região. O Jiló tem capilaridade e alcança territórios que jornais de bairro ou editorias de Cidade não alcançam. Mas ainda estamos no começo. Afinal, são apenas três semanas de vida.

TECNOLOGIA – No tempo em que a Universidade usa a tecnologia para abrir novos mercados e levar a educação em contextos extra-salas de aula, com o uso, por exemplo, das aulas virtuais e telepresenciais, o nosso laboratório de Mídia Impressa, com o Jiló, trabalha com essa possibilidade na prática, diariamente. As matérias e fotografias chegam via internet, vem de longe, diretamente para o blog: seja da casa do aluno-repórter; de uma lan house; de fora da cidade. São produzidas e editadas do ambiente de trabalho do estudante e/ou do professor, a qualquer hora: de manhã, de noite, de madrugada. Temos o repórter correspondente, o enviado especial. Não é necessário que o aluno esteja presente fisicamente no laboratório do Nucom para postar o seu texto. Ele ganha tempo, agilidade, ele ganha experiência em novas tecnologias, ele ganha horas AAC.

PROJETO MODELO – O projeto JILÓ PRESS é um modelo de jornalismo laboratorial produzido e gerenciado de forma coletiva, que reúne todas as possibilidades e potencialidades proporcionadas pelo jornalismo universitário e comunitário. Antes dele, ações semelhantes surgiram e foram esquecidas, ou não trabalharam com todas essas vertentes. E nunca nessa escala. Esse modelo pode ser exportado para outras praças (Nucons): Jiló Press Niterói, Jiló Press Barra da Tijuca, Jiló Press Nova Friburgo, Jiló Press Petrópolis, Jiló Press Fortaleza, Jiló Press Espírito Santo, formando uma rede local, regional e nacional. A REDE JILÓ PRESS DE COMUNICAÇÃO DA ESTÁCIO. Onde existir curso de Comunicação Social, o Jiló estará ativo.

O Jiló Press é operacional, viável, barato.

O Jiló Press é atual. Está no foco do mercado de trabalho e ajuda a formar/capacitar profissionais com perfil multimídia.

O Jiló só tem a crescer com a continuidade do segundo módulo do Projeto Repórter Comunitário, sob a coordenação do professor Marcelo Sosinho. Aí sim, ganharemos um braço importante: moradores e jovens do Ensino Médio, fazendo Jornalismo Cidadão. Os alunos da comunidade que participaram do primeiro módulo já foram contactados. O satélite já está em órbita. Mas não se iludam. Temos muito trabalho pela frente.

Jiló Press, assim como o jornal mural DAZIBAO, é mais um produto comunicacional da Agência de Notícias Zunido, criada por estudantes colaboradores da Mídia Impressa de Madureira. Jiló Press significa: Jornalismo / Interativo / Laboratorial / Otimizado!

Prof. Ricardo França

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
NÚCLEO PRÁTICO DE COMUNICAÇÃO
MÍDIA IMPRESSA - RÁDIO ESTAÇÃO
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS ZUNIDO
EDITOR-CHEFE JILÓ PRESS

1 comentário

Cadu Oliveira disse...

Longa vida ao Jiló!
Grande abraço, rapaziada.

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