segunda-feira, 6 de julho de 2009

PRESIDENTE DO IMPÉRIO COMEMORA 65 ANOS



Humberto Soares Carneiro com amigos na festa do seu aniversário
No mundo do samba ele é considerado, no mínimo, um presidente heterodoxo. Graduado em Química, vive com simplicidade, dispensa seguranças e não abre mão de estar sempre junto àqueles que, democraticamente, o reelegeram ano passado. Talvez este seja o segredo da popularidade de Humberto Soares Carneiro. Não à toa, ele ontem, quando completou 65 anos, recebeu muitos amigos na quadra do Império Serrano.

Não é fácil representar uma escola conhecida por sua resistência e impregnada pela filosofia humanista. Mais difícil ainda é multiplicar o amor por uma agremiação que, apesar de priorizar suas raízes e sua relevância cultural, sofre bastante com a complexidade social, política e econômica no dia a dia.
“É complicado sobreviver a tudo isso sem um patrono, sem ceder a projetos ilícitos, mas o Império consegue e o faz com dignidade. A escola se sustenta graças a seus associados, eventos, apoiadores, subvenção. E por quê? Porque o Império Serrano é cultura, mas lhe falta esse reconhecimento. E porque o Humberto é um homem honesto. Desde que chegou, ele só somou, nada desabona sua conduta. Dessa forma, eu, que tenho 50 anos de Império, e todos os outros imperianos somos imensamente gratos a ele”, disse Seu Acari, presidente do Conselho Deliberativo.

José Carlos Machine, 40 anos de Carnaval e 25 como “Síndico da Passarela”, é outro que atribui a Humberto Soares Carneiro muitas das vitórias e conquistas da verde-e-branca. Acompanhado da esposa, ele foi também dar seu abraço ao presidente. "Sem puxar saco, e sequer tenho motivos para isso, afirmo que Humberto é não só uma pessoa maravilhosa como um bom administrador. Ele sabe conduzir a escola que este ano, acredito, foi injustiçada. Por isso, tenho certeza de que em 2010 o Império volta ao Grupo Especial”, comentou.

Amigo de infância, o jornalista José Carlos Netto também marcou presença na festa em Madureira, embalada pela rapaziada dos grupos Só Preto Sem Preconceito e Desejo no Olhar. Admirador do estilo Humberto de gerir a agremiação, o colunista do jornal Povo do Rio lembrou que soltar pipa não era o forte do imperiano. “Quando meninos, na Vila da Penha, ele só perdia na pipa. Mas aquele garoto tornou-se um homem inteligente e que só vem evoluindo administrativamente. Em razão de sua gestão transparente e honesta, o Império hoje tem outra postura como escola de samba, deixou de ser dominado por grupos, é de todos os que gostam dele. Devido a isso, inclusive, não importa em qual grupo do carnaval carioca o Império desfile. Sua quadra está sempre repleta de gente, pois aqui, sabe-se, encontramos samba puro e de verdade”, declarou ele, que recentemente assumiu a vice-presidência da Harmonia da Estação Primeira de Mangueira. Nada do Império, tudo pelo Império.
Foi pensando assim, um ensinamento transmitido por seu pai, o competente capitão de mar e guerra e engenheiro naval Clóvis Nunes Carneiro, que Humberto ganhou a confiança e o carinho dos imperianos. “Posso até errar, como sei que já fiz, mas nunca maliciosamente. Se aconteceu foi porque fugiu ao meu controle, pois nunca vou trair o Império Serrano, que faz parte do meu projeto de vida. Dizem que cada homem tem seu preço, eu não conheço o meu”, salientou o aniversariante. (Assessoria de Imprensa do GRES Império Serrano Cássia Valadão; fotos Diego Mendes)

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