segunda-feira, 3 de agosto de 2009

IMPÉRIO SERRANO CONTRA-ATACA DURANTE O GRITO DE CARNAVAL

Mesmo aquele que não conhece a história da Grécia Antiga entenderá o porquê de minha referência à Guerra do Peloponeso para explicar o significado de mais um Grito de Carnaval do glorioso Império Serrano. Isso porque, a festa do último sábado, coroada com a presença de Alex Ribeiro, tem um conceito que, apesar de não explícito, pode nos remeter perfeitamente à batalha travada entre os impérios de Atenas e Esparta. Afinal de contas, assim como os democráticos atenienses, os bravos imperianos deram o pontapé inicial contra uma ideologia rígida, aristocrática, de total submissão.
Bem como a atual capital da Grécia, a verde-e-branca, você sabe, teve o seu chamado “período de ouro”, anos de prosperidade econômica, quando seus componentes se destacavam facilmente entre os desfilantes das co-irmãs. Além disso, Atenas ficou conhecida como uma cidade exemplar por sua cultura. E mais. Coincidentemente, tal qual a civilização grega tem enorme importância cultural e política para o Ocidente, o povo da Serrinha e adjacências, bem como a rapaziada da estiva, contribuíram imensamente para o carnaval carioca que hoje conquista os quatro cantos do planeta.
Enquanto uma espécie de Ápela – assembleia formada pelos espartanos e seu sistema oligárquico – desqualifica o Carnaval puro dos atenienses, ou melhor, perdoe-me a confusão, dos imperianos, estes se preparam para a luta. Mestre Gilmar já apresenta novidades na bateria, que está cada vez melhor, e o intérprete Anderson Paz vem entrando no ritmo. O mestre-sala Charles “Guerreiro” Eucy, que vinha apostando em fisioterapia, musculação e hidroterapia, agora investe na preparação física junto à professora Fernanda num clube da Penha. Ciente de que não terá vida fácil, ele recorre também ao mestre-sala Julinho, da Vila Isabel, professor de Educação Física e amigo que se colocou à disposição para treinos especializados na Vila Olímpica de Acari.
Mas é preciso mais. Por isso, o presidente Humberto Soares Carneiro, as vice-presidentes Rachel Valença e Ivanilza Tavares – mulheres de Atenas, com certeza! – e os demais membros do Arcontado (onde se exercia a Justiça e a administração da sociedade ateniense) se mostram incansáveis. Programar eventos, coordenar uma correta disputa de samba, buscar os melhores profissionais, apoio financeiro, muito se vem pensando e executando para enfrentar a dura realidade das escolas de samba. E para cuidar do exército, “estrategos” como Jorginho do Império, Rosa Magalhães, Mauro Leite e Andréa Vieira.
As semelhanças entre os impérios de Atenas e Serrano são muitas e chegam a preocupar, pois o império ateniense não teve lá um final feliz. A vitória espartana, em 404 a.c., entretanto, e vale ressaltar, fez a Grécia afundar, ou seja, nenhum dos lados saiu de fato vencedor do conflito. Tomara que o mesmo não aconteça ao Império Serrano, o império da tradição, da valorização da cultura genuinamente carioca. Por fim, que venha mais um Carnaval! Os imperianos, ainda que não pareça, já estão espiritualmente preparados para tornar a pisar na Avenida e se armando, acredite, até os dentes. (Texto: Cássia Valadão / Fotos: Diogo Mendes - Assessoria de Imprensa Império Serrano)

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